
Num mundo onde cada vez mais operações empresariais são realizadas através de aplicações web, surge um tipo de ameaça particularmente insidiosa: o Man-in-the-Browser (MitB). Este tipo de ataque compromete a comunicação entre o utilizador e a aplicação web diretamente no navegador, escapando aos métodos tradicionais de proteção.
O que é Man-in-the-Browser?
Man-in-the-Browser (MitB) é um ataque em que um malware residente no navegador modifica silenciosamente o conteúdo das páginas web ou interfere nas transações realizadas pelo utilizador, tudo sem que ele perceba. O atacante pode alterar dados enviados ou recebidos, capturar credenciais ou desviar transações.
Como funciona na prática?
- O utilizador é infetado com malware através de phishing, downloads maliciosos ou vulnerabilidades.
- O malware instala-se como uma extensão, script ou componente invisível no navegador.
- Durante o acesso a websites legítimos (bancos, ERP, email, etc.), o malware pode:
- Alterar valores inseridos (como IBANs ou montantes);
- Capturar credenciais e tokens de autenticação;
- Manipular o conteúdo apresentado ao utilizador.
- O utilizador continua a acreditar que tudo está normal — e a ameaça passa despercebida.
Por que o MitB é uma ameaça séria para empresas?
Este tipo de ataque consegue contornar canais seguros como HTTPS e autenticação multifator, afetando diretamente a integridade das transações e a confiança em sistemas críticos. Pode resultar em perdas financeiras, roubo de dados e danos reputacionais.
Como uma empresa se protege contra Man-in-the-Browser
Empresas que oferecem Managed Security Services com um SOC (Centro de Operações de Segurança) proativo fornecem uma abordagem em várias camadas para identificar, prevenir e responder a ataques MitB:
1. Monitorização comportamental de endpoints
O SOC utiliza agentes e EDR (Endpoint Detection and Response) para identificar comportamentos anómalos no navegador, como injeção de scripts ou modificações não autorizadas.
2. Proteção contra malware e extensões maliciosas
Soluções de segurança gerida incluem antivírus de nova geração e controlo de integridade de aplicações para evitar que malware se instale nos navegadores dos utilizadores.
3. Deteção de manipulações em tempo real
Ferramentas de segurança de aplicações e inteligência artificial monitorizam sessões web e alertam para qualquer tentativa de alteração de conteúdo ou interceptação de dados.
4. Análise de logs e tráfego cifrado
Mesmo comunicações cifradas (HTTPS) são monitorizadas através de proxies seguros, permitindo identificar padrões maliciosos dentro de canais legítimos.
5. Resposta rápida a incidentes
O SOC proativo atua assim que uma infeção é detetada, isolando o dispositivo afetado, iniciando a análise forense e restaurando a integridade do sistema.
6. Formação e sensibilização contínua
Campanhas de phishing simulado e formações regulares garantem que os colaboradores estão preparados para reconhecer comportamentos suspeitos.
O papel do SOC Proativo
Um SOC proativo oferece monitorização contínua, visibilidade total sobre os endpoints e uma postura preventiva que permite antecipar ataques antes que tenham impacto real no negócio. A integração com inteligência de ameaças globais permite agir rapidamente contra novas variantes de malware MitB.
Conclusão
O Man-in-the-Browser é uma ameaça sofisticada que pode comprometer a integridade de dados e operações críticas da sua empresa. Contar com um serviço de segurança gerida com SOC proativo garante proteção em tempo real, resposta eficaz e mitigação contínua contra este tipo de ataque furtivo.
Invista numa abordagem de segurança gerida e proteja a sua empresa onde ela é mais vulnerável: no ponto de contacto com o utilizador.